Leidens

A consonância das vivências de Nietzsche e Zaratustra: do doentio livramento do espírito à salutar e solitária altura das montanhas

Francisco Leidens

 

Resumo

Este artigo busca discriminar a especificidade das vivências nietzschianas durante o período intermediário de seu pensamento, sobretudo enquanto transição de uma constituição doentia para a consolidação da saúde. Tal descrição, por fim, se mostra um relevante mote para pensar a postura inicial do personagem Zaratustra e, com isso, explicitar uma continuidade profícua em consequências entre o período intermediário e maduro da trajetória filosófica de Nietzsche.

Texto completo:

PDF

Referências

ARALDI, Clademir Luís. Niilismo, criação, aniquilamento: Nietzsche e a filosofia dos extremos. São Paulo: Discurso Editorial; Ijuí. RS: Editora Unijuí, 2004.

BURNETT, Henry. Cinco prefácios para cinco livros escritos. Belo Horizonte: Tessitura, 2008.

LÖWITH, Karl. Nietzsche: philosophie de l’éternel retou du même. Traduit de l’allemand par Anne-Sophie Astrup. Calmann-Lévy, 1991.

MARTON, Scarlett. Extravagâncias: ensaios sobre a filosofia de Nietzshe. São Paulo: Discurso Editorial e Editora UNIJUÍ, 2001. (Sendas e Veredas).

NIETZSCHE, Friedrich. Digital critical edition of the complete works and letters, based on the critical text by G. Colli and M. Montinari, Berlin/New York, de Gruyter 1967-, edited by Paolo D’Iorio.

____. Fragmentos póstumos (4 V). Edición española dirigida por Diego Sánches Meca. Madrid: Editorial Tecnos (Grupo Anaya, S. A.), 2008.

____. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução de Mário a Silva. 18ª. ed. Rio de Janeiro – RJ: Editora Civilização Brasileira, 2010.

____. Assim falava Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução e notas explicativas da simbólica nietzscheana de Mário Ferreira dos Santos. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008a.

____. Así habló Zaratustra. Un libro para todos y para nadie. Introduccío, traduccíon y notas de Andrés Sánches Pascual. Madrid: Alianza Editorial, 2009.

____. A gaia ciência. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

____. Aurora. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

____. Ecce homo. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

____. Humano, demasiado humano. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

____. Humano, demasiado humano II. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

____. O nascimento da tragédia: ou Helenismo e pessimismo. Tradução, notas e posfácio de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia da Letras, 2003a.

____. Obras incompletas. Seleção de textos de Gerard Lebrum; tradução e notas de Rubens Torres Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1974. (Os Pensadores).

OLIVEIRA, Joelson Roberto de. A solidão como revigoramento no quinto livro d’A Gaia Ciência de Nietzsche. In. Ethica. Rio de Janeiro, v.16, n. 2, p. 167-183, 2009.

SAFRANSKI, Rüdiger. Nietzsche: Biografia de uma tragédia. Tradução de Lya Luft. São Paulo: Geração Editorial, 2001.

STEGMAIER, Werner. Antidoutrinas. Cena e doutrina em Assim falava Zaratustra, de Nietzsche. In: Cadernos Nietzsche. São Paulo: Departamento de Filosofia /USP, n. 25, p. 11-52, 2009.

____. O pessimismo dionisíaco de Nietzsche: interpretação contextual do aforismo 370 d’A Gaia Ciência. In. Estudos Nietzsche. Curitiba, v.1, n. 1, p. 35-60, 2010.